segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cultura negra é tema do 2º dia de apresentação do FTS

Se fosse usar uma palavra para definir o segundo dia de apresentação do FTS essa palavra seria “conscientização”. O que se pôde ver no palco na noite de 11 de setembro foi mais que simples apresentação teatral, e sim uma aula de história. Nossas origens africanas foram relembradas a partir da concepção de crianças e adolescentes e das histórias que seus ascendentes contam.

O Grupo Cultural Obás de Oyó, com seu espetáculo “Assim dizem os meus mais velhos” apesar do pouco tempo de existência, ele tem apenas um ano no cenário artístico do subúrbio e por sua formação ser de uma faixa etária de 9 à 21 anos, mostrou que o teatro pode ser um agente de transformação, não só no cotidiano daqueles que participam, como também dos espectadores e um espaço para promoção de debate.

Ver crianças e adolescentes como seres conscientes de seu passado, capazes de mudar o futuro com suas ações do presente, é o diferencial, não só dos Obás, como dos grupos do subúrbio. A preservação das tradições da nossa mãe África, também é uma preocupação evidente entre os Obás, comprovada pelos depoimentos emocionados dos integrantes do grupo.

A peça enfoca tanto histórias de um passado distante da nossa matriz africana como a diáspora, como a temas atuais, a exemplo da lei que obriga as escolas de ensino fundamental e médio as aulas de cultura africana (Lei 10639 ). O espetáculo ocorreu de forma tão natural que o debate ao final, mesmo que programado, foi algo que aconteceu espontaneamente.

Grupos como os Obás de Oyó, são o exemplo vivo de que no subúrbio existe bem mais que a imagem negativa que marginaliza a população, existem pessoas com sede de cultura, conscientes de quem são e do seu papel na comunidade em que estão inseridos.

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

Blog do Coletivo de Produtores © 2008. Template by Dicas Blogger | Politica | Contato

  Modificado por Hilton Souza © 2009.

TOPO