sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Espetáculo traz história do dia depois da libertação dos escravos

Instigante, alucinante, sensacional. O espetáculo “O dia 14”, da Companhia de Atores Negros Abdias do Nascimento (CAN) silenciou a platéia na noite de quarta-feira. Os atores se revezavam e mostraram uma ótica pouco conhecida pelos demais. Nas cenas, uma pequena mostra do que os nossos antepassados sofreram: aborto para evitar um futuro sofrimento, uma provável libertação; intolerância religiosa; negação à raça. De forma não cronológica, a história foi contada. Uma mistura de ritmos deu o tom e no afro se misturou a batida eletrônica e os cânticos em ioruba.
A idéia é mostrar que nada existe para se comemorar no pós 13 de maio. Os negros saíram das senzalas e foram para as favelas, as “negrinhas” saíram da casa grande e viraram domésticas nas casas dos “brancos”. O dia 14 não foi somente aquele pós 13, é também o nosso cotidiano, os dias atuais.
Além de dirigir o elenco, ser autor do texto e ter a responsabilidade sob o figurino, Ângelo Flávio também atuou no espetáculo. O fato ocorreu pela ausência de uma das atrizes. Então, o diretor teve que ocupar a vaga ociosa e deu um show de encenação.
E o festival não pára por aqui. Amanhã você pode assistir ao Cordel do Pega Pra Capá, um espetáculo de rua da Companhia Gente de Teatro da Bahia, às 16hs, na Praça São Brás. E ainda amanhã à noite, às 20h, tem a peça Meu Nome é Brasil, do Grupo de Teatro Negro – Dùdú Odara.

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